Aflatoxinas- Que consequências têm nos animais?

2021-03-27

Tudo começa com o fungo Aspergillus …

As aflatoxinas são micotoxinas produzidas por certas estirpes dos fungos Aspergillus flavus Aspergillus parasiticus. A sua prevalência é maior no milho, em sementes de algodão, amendoim e outros frutos secos. Estes fungos de cor amarela ou verde proliferam em diferentes climas em todo o mundo. O tempo quente e seco, quando o stress hídrico das culturas aumenta, é propício à produção de aflotoxinas por estes fungos, tal como a humidade elevada durante o armazenamento das culturas (grãos).

Em caso de armazenamento inadequado das matérias-primas, as estripes de Aspergillus podem proliferar e produzir micotoxinas. O ácido ciclopiazônico e a gliotoxina são outras micotoxinas sintetizadas pelos fungos Aspergillus.

…e continua com a micotoxina: Aflatoxinas

As aflatoxinas classificam-se em três grupos principais: aflatoxinas B, aflatoxinas G e aflatoxinas M. As aflatoxinas M1/M2 são metabolitos das aflatoxinas B1/B2 que se excretam em produtos de origem animal, como o leite. O grupo de aflatoxinas B inclui as aflatoxinas B1 e B2, sendo a aflatoxina B1 a mais comum (e a mais tóxica) de todas. As aflatoxinas destroem o ADN, levando à morte celular e à formação de tumores. De todas as micotoxinas, as aflatoxinas são as que causam a maior toxicidade aguda nos suínos, provocando elevados danos no fígado dos animais.

Que efeitos têm as micotoxinas nos animais?

Dados essenciais sobre Aflatoxinas:

  • As aflatoxinas são carcinogénicas.
  • O milho, as sementes de algodão, o amendoim e outros frutos secos são os principais alvos da contaminação por aflatoxinas.
  • Os animais jovens de qualquer espécie são mais vulneráveis aos efeitos das aflatoxinas do que os adultos.

As rações dos suínos contaminadas por aflatoxinas podem agravar as deficiências em vitamina A e E e alterar o funcionamento do sistema imunitário. As aflatoxinas também interferem no metabolismo da vitamina D, o que se repercute na resistência dos ossos e das extremidades. Também podem debilitar os vasos capilares, aumentando a incidência de hematomas nos vasos sanguíneos. Consequentemente os animais ficam mais vulneráveis a diversas doenças.
Embora os suínos possam tolerar uma exposição a baixos níveis de aflatoxinas, considera-se que a concentração máxima para evitar qualquer efeito negativo no rendimento é de 50 ppb.
Este valor limite tem em conta os possíveis efeitos acumulativos e sinérgicos de outras micotoxinas que afetam a imunocompetência dos animais e garante a presença mínima de resíduos tóxicos na carne de porco.

Nas aves, as aflatoxinas também são hepatotóxicas e causam danos nos tecidos, bem como uma inibição da produção de proteínas hepáticas, o que provoca uma diminuição da velocidade de crescimento. Além disso, as aflatoxinas bloqueiam a digestão dos lípidos e os pigmentos nas aves, pois reduzem a síntese de sais biliares.

Convém recordar que as micotoxinas raramente se encontram de forma isolada e a ingestão de vários tipos de micotoxinas pode ter como resultado uma interação com efeitos cumulativos, ou mesmo sinérgicos, que aumentam o risco total para a saúde e rendimento. Neste caso, o animal pode manifestar uma resposta muito mais virulenta do que se tivesse sido exposto a um único tipo de micotoxina.

Analisar as matérias-primas para detetar a eventual presença de micotoxinas é essencial para definir uma estratégia de controlo adequada. Para obter mais informação sobre as aflatoxinas e as estratégias de controlo consulte: https://www.knowmycotoxins.com/

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