18 inovações para reduzir a nossa pegada ambiental

A agricultura continuará a ser um dos setores vitais no sequestro de carbono e uma parte importante da resposta às alterações climáticas.
2021-07-03

Por: Tien  Le

Um olhar sobre o passado

"Para enfrentar a miríade de desafios com que nos deparamos hoje, precisamos de ter uma mentalidade de legado", afirmou o Dr. Mark Lyons, presidente e CEO da Alltech, na Alltech ONE Ideas Conference (ONE) no dia 24 de junho. "Temos de olhar para o passado para aprender com ele e ganhar novas perspetivas".

Com esta ideia em mente, o Dr. Lyons conduziu o público numa viagem ao tempo em que o Homem chegou à América do Norte. As pessoas trouxeram e domesticaram animais, começaram a usar recursos naturais para a produção de alimentos e reclamaram mais terra.

À medida que este crescimento acontecia, as economias e os continentes ligaram-se através de caminhos-de-ferro, autoestradas e rotas marítimas. O carbono tornou-se a principal forma de alimentar a economia em crescimento e o crescimento do planeta. Consequentemente, as emissões de carbono aumentaram.

A agricultura estava a crescer. Os avanços da Ciência abriram caminho para um sistema alimentar mais eficiente e criaram a oportunidade para a ascensão de marcas e empresas a que, hoje, chamamos de indústria alimentar.

A necessidade de produtividade agrícola, bem como a eficiência da produção alimentar, conduziram à inovação na agricultura e geraram emissões de carbono. Em termos de produção de carne, leite e ovos, os agricultores começaram a fazer melhorias, respondendo às influências e às exigências do mercado.

Desde meados do século XIX, a quantidade de combustíveis fósseis utilizados aumentou 20.000%, enquanto a população humana aumentou 1.329%, e os animais utilizados para alimentar esta população crescente aumentaram muito menos, cerca de 524%. De facto, atualmente produz-se nos EUA mais 50% de carne de bovino do que na década de 1960, mas este aumento de produção é conseguido com um terço do número de animais do que há 60 anos.

Embora os progressos científicos tenham conduzido a uma melhor compreensão do nosso ambiente, não há consenso sobre os culpados das alterações climáticas. Esta história não é exclusiva da América do Norte.

A mudança está em curso

"Uma coisa é certa, a mudança está a acontecer e vai continuar", disse o Dr. Lyons. "Na verdade, vimos que a pandemia realmente acelerou esta mudança e a aceitação das mudanças que estavam a acontecer à nossa volta”.

"Acreditamos que cada desafio pode ser uma oportunidade e, na verdade, uma dádiva", prosseguiu o Dr. Lyons. "O que quer que acreditemos pode tornar-se realidade, mas não farás as coisas de forma diferente a menos que vejas as coisas de forma diferente."

Vejamos algumas das inovações que estão a ser sonhadas e implementadas em todo o mundo:

1. Purificadores de ar gigantes: Nove em cada 10 pessoas em todo o mundo respiram ar poluído, e esta poluição causa quase 9 milhões de mortes por ano. Alguns engenheiros estão a estudar como podemos criar purificadores de ar exterior gigantes que também são peças de arte. Talvez a verdadeira beleza seja o ar limpo e a energia limpa.

2. Arrefecer o planeta filtrando o excesso de dióxido de carbono em escala industrial: os limpadores de ar gigantes no Texas — que poderão vir a ser uma tecnologia generalizada até 2050 — usam uma química simples para capturar CO2 e bombeá-lo para poços de petróleo, que foram perfurados no século passado, mas estão secos. Alguns dos gases com efeito de estufa que estão a aquecer o nosso planeta poderiam ser removidos com este tipo de inovações, contribuindo potencialmente para a redução do efeito de estufa.

3. Geradores de eletricidade que utilizam calor do manto da Terra: Isto está a ser feito em pequena escala no Quénia, mas tem grande potencial para reduzir emissões de gases com efeito de estufa.

4. Utilização de plástico reciclado como substituto do alcatrão na construção de estradas: Entre os combustíveis fósseis que já foram retirados do solo, muitos deles foram convertidos em plásticos, que demoram mais de mil anos a biodegradar-se. Alguns desses plásticos podem ser reciclados e utilizados na construção de estradas, criando um pavimento mais suave, com menos buracos e com uma vida útil mais longa.

5. Estradas solares: Tecnologias como o Gorilla Glass podem ser usadas para criar estradas solares protegendo painéis solares que são usados para pavimentar estradas e passeios. Se estas estradas cobrissem todos os EUA, produziriam três vezes a eletricidade de que precisamos hoje.

6. Extintor de incêndio sónico: Como resultado das alterações climáticas, temos visto cada vez mais incêndios florestais. Para enfrentar este desafio, os cientistas estão a trabalhar num extintor de incêndio sónico, que pode ser instalado em drones, e que funciona usando ondas sonoras para separar o oxigénio da fonte de combustível.

7. Hidrogénio como combustível para a aviação: Desde 1990, as emissões de dióxido de carbono por cada voo comercial diminuíram mais de 50%. No entanto, a indústria aeronáutica também está a estudar novas fontes de combustível, como o hidrogénio, que poderá vir a ser um novo combustível limpo na aviação. Um avião a hidrogénio da Airbus, de escala comercial, já voou no Reino Unido.

8. Uma "asa mista" que serve de habitáculo e de asa para aeronaves: poderá ajudar a poupar 20 a 30% do combustível atualmente necessário em voos comerciais.

9. As algas verdes como desinfetante ambiental e fonte de combustível: A capacidade das algas verdes para comer bactérias é mais prevalente do que se pensava anteriormente, e esta descoberta pode ter utilizações importantes nas áreas do ambiente e do clima. Além disso, as algas verdes também podem ser uma fonte de combustível para veículos, tanto na terra como no ar.

10. Os genes do microbioma intestinal estão relacionados com uma série de doenças humanas: Muito do que está a acontecer dentro do nosso microbioma está relacionado com doenças. À medida que conhecemos mais através da ciência, haverá muitas novas formas de superar os desafios da saúde humana.

11. Uma alternativa aos antibióticos capaz de tratar infeções bacterianas resistentes: Os cientistas da Universidade de Durham melhoraram a atual alternativa aos antibióticos (chamados peptóides) alterando a sua estrutura química para otimizar a sua ação nas células e a sua eficácia contra infeções bacterianas. Esta alternativa pode ajudar a combater o problema da resistência das bactérias aos antibióticos.

12. O metano proveniente de resíduos animais pode ser utilizado para cultivar proteína unicelular usada em rações: O metano já é convertido em energia através de digestores de biogás, mas também pode vir a ser aproveitado para criar proteínas unicelulares usadas em rações e até mesmo na alimentação humana.

13. Um caixote do lixo inteligente que identifica tipos de alimentos e incentiva a reciclagem: O desperdício alimentar é uma área de potencial inexplorado. O caixote do lixo inteligente pode reduzir um terço do nosso desperdício alimentar antes mesmo de sair de casa.

14. Um aparelho de cozinha que transforma resíduos em composto: Existem sistemas que estão a ser desenvolvidos hoje que nos permitirão converter os nossos resíduos alimentares diretamente em composto para os nossos jardins. Com um único botão, o Lomi tritura e aquece os resíduos, decompondo-os sem cheiro e transformando-os num composto rico em nutrientes, o que reduz até 50% dos resíduos que de outra forma seriam enviados para aterro.

15. As ferramentas microbianas podem melhorar a produtividade, reduzindo o impacto ambiental: Existem novas ferramentas para ajudar a desenvolver microbiomas específicos no trato gastrointestinal, nos sistemas de processamento de solos e resíduos. Como resultado, estão a ser criadas novas estratégias de suplementação nutricional e alimentar para melhorar a eficiência da produção, limitando ao mesmo tempo as emissões de gases com efeito de estufa.

16. Ferramentas de medição para avaliar o impacto ambiental e estratégias de mitigação: Ferramentas tais como o sistema de auditoria agropecuária E-CO2, testes laboratoriais e avaliações de alimentos para animais (Alltech IFM ™ e o Yea-Sacc® Value Test), bem como a utilização de programas de suplementação e gestão de pastagens para controlar as emissões e o impacto mineral no ambiente, são fundamentais para reduzir o nosso impacto ambiental no planeta.

17. Instrumentos bióticos para mitigar as emissões agrícolas e a intensidade das emissões: Os novos sistemas de gestão utilizam a filtração para eliminar o metano na fonte e utilizar potencialmente este metano noutros sistemas de produção agrícola. A gestão de estrume, a gestão das pastagens e a nutrição de pastagens são afinal áreas ligadas ao microbioma.

18. Utilizar enzimas ativantes como catalisadores biológicos: As enzimas podem ajudar-nos em muitas áreas: melhorar a digestão e a utilização das rações, modificar beneficamente os microbiomas em animais e nos solos, alterar padrões de fermentação para decompor resíduos e mitigar toxinas ambientais.

"Acredito que o setor agrícola vai produzir alimentos com zero emissões”, disse o Dr. Lyons. "Continuaremos a ser um setor de atividade central no sequestro de carbono e seremos uma grande parte da resposta às alterações climáticas."

O Dr. Lyons terminou a sua conferência afirmando que nenhum setor de atividade tem um impacto mais positivo no futuro do planeta do que a agricultura.

"É o setor que mais me entusiasma e é uma grande honra trabalhar neste setor", revelou o Dr. Lyons. "Podemos alimentar o mundo e arrefecer o clima. Podemos deixar não uma pegada, mas um legado. Que oportunidade extraordinária quando todos nos unimos, trabalhando juntos para um Planeta da Abundância™."

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