INCORPORAR CULTURAS DE COBERTURA PARA PLANTAS E SAÚDE DO SOLO

2016-08-26

Quer promover a saúde do solo e a qualidade da água?

Jim Wade, um agricultor de Kentucky, acredita que não precisa de mais do que desenvolver culturas de cobertura na sua exploração agrícola.

 As culturas de cobertura podem ajudar na retenção de nutrientes, na prevenção da erosão e na redução de infestantes.

Retenção de nutrientes e prevenção da erosão

Jim Wade plantou 3 ou 4 consociações de sementes.

A utilização de uma cultura de cobertura que contém duas ou mais espécies é, muitas vezes, mais eficaz do que uma plantação de espécies individuais para cobertura. Wade tem experimentado consociações de plantas de cobertura que incluem trevo vermelho, carmesim, ervilhaca e as ervilhas Austríacas de inverno.

As suas culturas de cobertura fornecem uma proteção de inverno extremamente boa e ajudam a prevenir a erosão do solo. As raízes profundas do centeio, permitiram a Wade observar que o solo se tornou mais poroso, aumentando a sua capacidade de retenção de água.

“Os meus campos plantados com culturas de cobertura não têm lixiviação” refere Wade. “Posso medir a compactação e nunca encontro nenhuma.”

Promover a saúde do solo é muito importante. Ao longo do tempo, um regime de cultura de cobertura aumenta a matéria orgânica do solo, levando a melhorias na estrutura, na estabilidade, no aumento da humidade e na capacidade de retenção de nutrientes que permitem o crescimento das plantas.
 
As culturas de cobertura também acrescentam matéria orgânica ao solo, com a degradação das suas raízes, explicou Chuck McKenna, Diretor de vendas da Alltech Crop Science. McKenna evidenciou uma pesquisa da Universidade de Kentucky que demonstra uma parcela de campo onde se pratica sementeira direta há mais de 30 anos. 

"Há quase uma diferença de 25,4 cm de altura do solo entre este e o circundante", observou ele, referindo-se ao teor de matéria orgânica.
 
Na sementeira direta é quase uma exigência incorporar culturas de cobertura, acrescentou Wade. Na sua exploração – onde cultiva milho, soja e trigo - ele pratica sementeira direta em todas as suas parcelas há mais de 10 anos.

Redução de Infestantes
Outra questão que levou Wade a experimentar as culturas de cobertura foi a resistência aos infestantes.
 
"A primeira coisa que notei depois de experimentar culturas de cobertura era que eu não tinha mais problemas com aboadeiras (conyza canadensis), disse Wade.
 
Este ano, está a realizar um ensaio nas parcelas de milho.
 
"O ensaio parece ser muito claro.", disse ele, a favor das parcelas com culturas de cobertura.
 
Com a redução da pressão dos infestantes, Wade tem sido capaz de reduzir o custo dos herbicidas para metade.
 

Retorno adicional sobre o investimento
 
Embora os preços dos produtos de hoje sejam baixos, este ainda não é o momento de cortar custos nas explorações de culturas de cobertura, sugeriu McKenna.

“Muitos agricultores pensam que não se podem dar ao luxo de plantar culturas de cobertura ou até mesmo que não têm tempo para integrá-las na suas explorações” acrescentou. “Se fizerem bem as contas, vão verificar que não podem não fazê-lo.”

  
Wade é um dos muitos agricultores que participam do Conservation Stewardship Program (CSP).Ele tem inscritos 600 dos seus 1.000 acres* no programa de partilha de custos.
 
Em 2016, o Serviço de Conservação de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disponibilizou 150 milhões de dólares para os produtores agrícolas através do CSP. Estima-se que isso irá ajudar a adicionar 10 milhões de acres ao maior programa de conservação do USDA.
 
Sendo o rendimento a principal forma de aumentar o lucro, Wade relatou que acredita que vai aumentar o seu rendimento em 10% nos seus campos de soja este ano.

 

Adaptação local
 
Como acontece com todos os pioneiros, Wade teve de se adaptar às tecnologias atuais para acompanhar a evolução das necessidades. Com um background em engenharia, ele alterou o seu equipamento e ajustou-o à estratégia das culturas de cobertura.

  
Em suma, McKenna acredita que a adição de culturas de cobertura é benéfico para todos os produtores.
 
"Encaixa-se num esquema geral de saúde das plantas e do solo", refere. "Podem complementar - e não substituir - programas convencionais."

 

*Unidade de medida utilizada nos Estados Unidos.

Fonte: https://ag.alltech.com/en/blog/incorporate-cover-crops-plant-and-soil-health

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